Sonntag, 20. Juni 2021

Um Conto Corrido





07:30 - O Telefone

-Alô!
-Mãaaae!! Esqueci a mochila de esporte na parada do ônibus!
-Corre por favor antes que alguém pegue!
-E onde vc está?
- Na escola! Corre mãe!!!

A mãe faz um coque nos cabelos amanhecidos. Corre pra porta. Xinga a gata que já estava à postos na porta querendo ser a primeira. ( como sempre).
Pega a chave do apartamento.
A chave!

No dia anterior, o chaveiro havia ligado, e marcado horário pra ver a chave que entrava e saía com muita dificuldade da fechadura.
A chave estava torta.
Se quebrasse dentro seria muito mais problemático.
Não queria isso.
O chaveiro chegaria às 08:00!
Fechou a porta e colocou a chave. Emperrou.
Entrou apertada. Rodou. Fechou. Tirou. Saiu apertada. Momento delicado.
Correu as escadas até a porta de saída do prédio.
Andou mais rápido que podia, 100m até a parada do ônibus.
E lá estava ela: a mochila verde de esporte.
Esperava no banco.
Ninguém quis levá-la.
A mãe de longe já preparava um grito, pra o caso de alguém pegar a mochila antes de ela chegar na parada.
"-Eeeeeeeiiii!!!!"
E nesse grito, estariam todos os seus sentimentos.
"-O chaveiro vai chegar de 8h!"
"-Meu marido levou o carro!
(São só 300m de casa pra o trabalho! É muita preguiça!)"
"-Vou ligar pra minha filha e perguntar se vai me esperar do lado de fora."
"-O chaveiro vem de 8h!
"-Vou à pé ou de bicicleta."
"-Vou pegar a bicicleta; o capacete; prender o cesto...não posso esquecer o Telefone!"
"O chaveiro vem de 8h!
"-Qual caminho é mais perto?"

Pegou a mochila aliviada
Voltou pra casa.
O telefone tocou.
-E aí? Achou?
Perguntou a filha aflita.
-Estava lá! O que faço agora?
-Pode por favor entregar na secretaria?

"- O chaveiro vem às 08:00h!"
Pensou aflita.

-Sim, posso!

Correu! Fechou a porta. Girou a chave devagar. Correu as escadas até o porão do prédio.
Pegou a bicicleta.
Prendeu o cesto. Jogou dentro as chaves, carteira, e a mochila verde de esporte.
Colocou o capacete.
Sempre a responsabilidade de ser bom exemplo, mesmo na ausência da filha.
Pôs a máscara.
"O chaveiro vem às 08h!"
Carregou a bicicleta pra cima já esbaforida e...cruzou a cidade.
Odeia conduzir bicicleta no trânsito.
Pedalou ladeira à cima.
"O chaveiro vem às 08h!"
Pensava enquanto buscava forças subindo as ruas íngremes.
O sinal de pedestre da escola era muito pouco amigável. Talvez não soubesse que o chaveiro chegaria às 08h!
Lavada de suor, chegou à escola.
Esbaforida.
Não! Esbaforidíssima!
Subiu as escadas.
Com "cara de colchão" ainda.
Pelo menos os dentes e o rosto estavam lavados.
Mas a máscara foi sua aliada!

A filha veio ao seu encontro.
-Obrigada mamãe! Desculpa mamãe! Está com raiva de mim? Isso contece...
-Não filha! Tô cansada só.

-Te amo!
- Também te amo!

"-O chaveiro vem às 08h!"

Voltou correndo pra casa. A volta era só ladeira abaixo.
"O chaveiro vem às 8h!"
Enquanto esperava o sinal de pedestre abrir, na esquina da sua rua. Olhou as horas.
-07:55h
Atravessou as duas faixas e correu. O quanto podia.
Entrou no porão. Guardou a bicicleta.
Subiu e esperou o chaveiro.
08:05h e o chaveiro não veio
Teria se atrasado?
Às 08:15 olhou para o telefone fixo e viu duas chamadas de um telefone estranho.
Ligou de volta.
-Senhora nós chamamos. Ninguém atendeu.
Fomos embora. Estamos na cidade vizinha. Marcaremos um outro dia!

-O chaveiro ligou às 08:00h!

Sensação de impotência.
- Mas eu estava no banheiro moço! Não tinha como atender o telefone!

Tentou uma evasiva pra não perder o serviço do chaveiro naquele dia. Ele não precisava ouvir uma história de aventura já tão cedo.

Ele deu um risinho e concordou que "essas coisas" são imprevisíveis.
-A senhora estará em casa durante todo o dia? Se estiver, vou tentar passar por aí ainda hoje.
-Sim! Estou! Espero pelo senhor então!

Que alegria. Nada estava perdido.

E, duas horas e meia depois, ele estava apertando a campanhia e, verificando a fechadura e consertando a chave torta.
Ganhou um chocolate em agradecimento à sua tolerância.

Lição do dia:
A minha tolerância será recompensada.

Ale Heidenreich









Sonntag, 9. Oktober 2016

Do Jardim para a Escola.




Pai da Corina - 1968
Corina Maria - 2015




















E o tempo passa...Há exatamente um ano a Corina Maria entrou para a escola. Já está na Segunda Série do que seria o Ensino Fundamental no Brasil. Eu falo escola, pois as crianças aqui na Alemanha não vão pequeninas para uma escola como estamos acostumados no Brasil, elas primeiro visitam o "Jardim da Infância" (Kindergarten), que seriam as nossas Escolinhas ou a Educação Infantil como atualmente são denominadas, mas com uma curiosidade: alí as crianças não serão alfabetizadas.

Esse é um momento muito importante na vida das crianças, cheio de mudanças, preparação, tradição  e organização para o grande momento.

As mudanças começam já em seu próprio corpo, quando elas começam a perder os seus "dentinhos de leite", que ocorre normalmente entre os cinco ou seis anos de idade. Em todas as crianças mundo à fora é assim, mas aqui na Alemanha essa associação é muito forte. Elas ficam ansiosas quando percebem um dente amolecendo, pois esse é um sinal de que não são mais do grupo dos "pequenos", são grandes e logo suas "janelinhas" denunciarão quais delas são "Crianças pré-escolares" ou seja, logo deixarão o Jardim da Infância.

Trazer o título de "Criança pré-escolar" é uma questão de orgulho, e os adultos enfatizam isso como uma forma de incentivar e motivar as crianças para essa mudança na sua vida. É onde elas encerrarão um ciclo e darão inicio a um outro, e esse "desligamento" deve ser feito de forma que fique positivamente registrado em seu emocional, e elas trarão esse lindo momento guardados por toda uma vida.

Cada Jardim da Infância, tem sua maneira própria de trabalhar a preparação para esse desligamento. Quero com muito carinho apresentar aqui, como foi o processo dessa preparação da Corina, o qual vivenciei cada passo com muita emoção, até o dia da sua saída oficial do Jardim da Infância. Confesso que estava mais ansiosa do que ela.

Em um dia já preestabelecido no Calendário Anual de Atividades, no início da primavera, o Jardim da Infância que a Corina frequentou, organiza sempre uma viagem de trem para o Zoológico da cidade de Dortmund, que dura aproximadamente 45 minutos,  e lá elas passam todo o dia. Para essa viagem apenas as "Crianças pré-escolares" são convidadas a participar. Esse passeio é esperado com muita ansiedade e euforia por elas, pois é como se fosse "um carimbo" da passagem de "criança pequena" para fazer parte do "grupo dos grandes". Quando essas crianças retornam do passeio, elas parecem de fato terem assumido uma nova "identidade". Essa é então a oficialização e a abertura dos muitos projetos a serem realizados com as crianças pela escolinha, ao longo do seu último ano na Educação Infantil.
Porem, todos os outros demais projetos têm como proposta os temas ligados à alfabetização no Ensino Fundamental (Grundschule).  

* Só a título de esclarecimento, existem aqui também as chamadas "Escolas Globais" (numa tradução livre para Gesamtschule), que são escolas que reúnem todas as séries em um só prédio ou conjunto escolar, e os Internatos, que são instituições  particulares. 
Mas normalmente, as escolas de Ensino Fundamental têm seus prédios exclusivos e abrigam apenas as crianças pequenas, não misturando-as com crianças maiores que frequentam o Ensino Médio.

No Jardim da Infância que a Corina visitou, existem quatro grupos ou turmas, que são distinguidos por cores: Amarelo, Verde, Azul e Vermelho, e as crianças são agrupadas por faixa de idade, ou seja, as crianças que são menores de três anos (chamado de Sub 3), são postas juntas, em turmas com educadores capacitados para dar suporte às suas necessidades (inclusive crianças que ainda não saíram da fralda). Há um grupo chamado de Grupo de Integração, que é o que recebe as crianças com dificuldade na fala; crianças estrangeiras ou crianças nascidas na Alemanha e que tenham dupla nacionalidade.
É importante que se saiba, que em todos esses grupos, as crianças alemãs também fazem parte, e que não há grupos exclusivos de crianças apenas de nacionalidade alemã, ou seja todas interagem entre si, independente de religião ou nacionalidade.

* Aqui, é bastante comum também que homens trabalhem como educadores nos Jardins da Infância. Mas são em pouquíssimos números.

As crianças com necessidades especiais, ou seja, que ainda não falam o idioma alemão ou tenham alguma dificuldade motora (não extrema) ou da fala, têm um tratamento mais específico para o acompanhamento de seu desenvolvimento. Com esse acompanhamento, será possível observar as que necessitam serem encaminhadas para especialistas ainda enquanto estiverem na Educação Infantil, se possível para a reversão do problema, antes mesmo que entrem para o Ensino Fundamental. E antes que se inicie o ano letivo, profissionais pedagogos juntamente com os pais, decidirão se a criança será encaminhada à Escola de Educação Fundamental convencional, ou para a Escola Especializada onde terá tratamento e acompanhamento específicos, de acordo com a sua necessidade.

Um fato curioso, é que no Jardim da Infância elas não serão alfabetizadas, pois esse é um "dever" da Escola de Ensino Fundamental. No Jardim, elas apenas terão uma pequena noção,  já na fase de encerramento, o que eu chamaria de "pinceladas" do que elas de fato irão ver na Escola, como por exemplo, conhecer os números e as letras.
A técnica usada em algumas Escolas de Ensino Fundamental aqui na Alemanha é simplesmente impressionante, e se a criança não apresentar qualquer problema de aprendizado, em apenas dois ou três meses elas já estarão lendo e escrevendo!


Projetos voltados à Escola Fundamental
  • O primeiro projeto (cada projeto é realizado no máximo em três semanas) das Crianças pré-escolares, foi com o tema "Experimentos". Nesse projeto, as crianças tiveram a oportunidade de provar coisas novas envolvendo a água, o ar e sólidos. Mantendo contato com materiais e objetos do seu dia a dia, elas puderam vivenciar momentos interessantes. Fazer comparações entre eles e alguns experimentos.
  •  O segundo projeto teve como tema "Conhecendo novas pessoas". Esse projeto foi voltado ao grupo das que frequentavam o Jardim da Infância, mas faziam parte dos quatro diferentes grupos existentes na escolinha, mas que já estavam matriculadas no Ensino Fundamental. Elas já se conheciam e algumas tinham contato entre si, mas outras pouco se falavam ou até mesmo nem trocavam uma palavra,  e como ocorre na nossa sociedade, esse projeto foi muito importante para a "socialização" do grupo, que foi orientado e ensinado a como trabalhar e resolver situações do dia a dia deles juntos, unidos. Não esquecendo de que o mais importante era o bem-estar de cada integrante do grupo. Elas não eram obrigadas a nada, tudo ocorria normalmente. Uma das características desse projeto, era priorizar a criança em aceitar a si mesma e de aceitarem-se umas as outras, brincarem juntas, aprenderem umas com as outras, com suas próprias diferenças, e de abrirem-se para o grupo como um todo. E por fim, o objetivo desse projeto, era mostrar a importância da amizade.
  • O terceiro projeto chamou-se "País dos Números" e tinha como proposta apresentar às crianças de forma divertida e intensiva os números de 1 à 10. As formas geométricas, quantidade e os aspectos  em suas diversas formas também foram implementados ao projeto. Importante saber, que nesse projeto as crianças não são ensinadas a calcular, mas desenvolver de acordo com o interesse e capacidade de cada uma delas, o entendimento sobre os números.
  • O quarto projeto chamou-se "Livro-livraria", que consistiu na visita do grupo das Crianças pré-escolares às bibliotecas da Cidade. Nesse projeto as crianças foram incentivadas mais intensamente à desenvolver seu gosto e interesse pela leitura e pelo mundo das fábulas e histórias infantis. Nesse projeto, as crianças aprenderam que nem sempre é necessário comprar livros, e que o ambiente tranquilo da biblioteca também é divertido para uma boa leitura. No final, cada criança confeccionou seu próprio "livro" contando através de desenhos a sua vivência nessa aventura.
  • Um projeto que me emocionou muito, foi o que lidou com a parte de defesa pessoal das crianças, ensinando-as a se defenderem de possíveis "ataques" e assédios de adultos (sejam eles parentes ou estranhos!), agressões por parte de terceiros de uma forma geral, e de como elas devem se comportar, mantendo sua autoestima fortalecida. Esse projeto, foi apresentado por uma comissária de polícia, com muitos anos de experiência em assuntos que tratam de assédio e violência sexual contra menores. Essa comissária orientou-as também, a não permitir que as crianças mais velhas tenham poder de domínio sobre elas, quando estiverem na escola. Ela repassou para as crianças algumas técnicas de autodefesa, como por exemplo, de como a postura e a voz no momento da criança se defender fazem a diferença. Sabemos o quanto muitas crianças ainda são vítimas de assédio sexual e bullying, mas quanto mais uma criança tiver consciência de que seu corpo pertence a sí, e que nenhum adulto (nem mesmo seus pais!) têm o direito de tocá-lo sem que essa criança se sinta confortável, menos chance de sofrer violência ela terá.
  • O sexto projeto trata de um assunto levado bastante a sério aqui na Alemanha, que é a segurança no trânsito, e se chamou: "Atravessando a rua com segurança!" Para lidar com esse assunto, um policial já conhecido da criançada aqui da cidade e áreas adjacentes foi convidado a visitar o Jardim da Infância por alguns dias. Ele apresenta-se sempre com o seu uniforme de trabalho, e as crianças ficam muito entusiasmadas em poder estar perto e aprender de forma concreta e através de uma pessoa que inspira respeito e seriedade. Nos dias em que visita as crianças do projeto, o policial através de treinamentos repetitivos, ensina na teoria e na prática para os pequenos cidadãos como devem se comportar nos sinais de transito, na faixa para pedestres e nas calçadas, antes de atravessarem as ruas com segurança.(inclusive em qual lado da calçada devem andar ou descer do carro!).  O ponto máximo deste projeto, é que as crianças fazem um teste prático no trânsito sobre tudo o que aprenderam, e ao final recebem uma Carteira de Pedestre das mãos do policial, o que lhes confirma que elas estão aptas a andarem com segurança pelas ruas. E acreditem, funciona mesmo! E coitados dos país que tentarem atravessar a rua na frente dos seus filhos, sem utilizarem as regras de segurança: olhar para o lado esquerdo, direito e esquerdo outra vez; não atravessar na diagonal, senão em linha reta; e não correr, andar firme e devagar. O orgulho é tão grande que elas não cabem em sí.  Como parte do projeto, as crianças são convidadas a visitarem um Posto Policial, e lá elas têm uma pequena demonstração da rotina diária do trabalho da polícia, inclusive visitando uma "cela de verdade" (claro que tudo é preparado para não chocar as crianças!). E como prêmio, as crianças são levadas no último dia ao teatro, onde será apresentada uma peca voltada ao tema Segurança no Trânsito, que será encenada muito carinhosamente por policiais. Eu particularmente, considero um dos projetos mais importantes, levando-se em consideração as informações passadas para os pais, do quanto o número de acidentes com crianças envolvendo vítimas fatais caiu a zero desde a implantação do projeto "Atravessando a rua com Segurança" nos Jardins da Infância da Região.    
  • O penúltimo projeto do Ano é a organização da Festa de Encerramento do ano das Crianças pré-escolares. Nele, as crianças opinam sobre os detalhes da ornamentação e trabalham juntas para a apresentação de uma pequena encenação teatral. Esse trabalho é coordenado pela Diaconisa da Igreja Católica (que é a instituição mantenedora do Jardim que a Corina visitou.) que trabalha com eles durante todo o ano, sobre o aprendizado de algumas passagens da Bíblia Sagrada e em especial sobre a vida, exemplos que nos deixou e morte de Jesus Cristo.Tudo isso, é feito de forma concreta durante todo o ano, com a visita dos pequenos à Catedral da cidade.
  • E para encerrar os projetos, o Jardim oferece às crianças a possibilidade de confeccionarem elas mesmas os seus Cones Escolares (Schultüte) ou Cones de Doces (Zuckertüte) (Informações e detalhes sobre esse importante "personagem" estão abaixo!)
E enfim chegou o grande dia, a despedida! E para este ano, foi organizado um passeio em um grande ônibus de viagem para uma fazendinha, onde as crianças puderam ter contato direto com os animais. Lá eles fizeram um piquenique e retornaram no começo da noite para o Jardim da Infância. Enquanto estavam fora, alguns dos pais organizaram um buffet para a sua chegada. Com decoração e tudo que tinham direito. Logo após, foi celebrada uma missa em agradecimento pelo ano que terminou, com a participação das crianças do projeto na encenação  teatral. Neste dia, o ponto mais alto de todas as celebrações de encerramento é que as crianças que desejarem fazem uma pernoite no Jardim da Infância, acompanhados pelas educadoras responsáveis pelos respectivos grupos. Elas levam colchonetes, bichinhos de pelúcia preferido, pijama e tudo o que for necessários para o seu conforto e bem estar. No dia seguinte, elas tomam o café da manhã juntas e na hora combinada os pais as buscam. E assim, fazem o seu desligamento oficial do Jardim da Infância!

Cones Escolares (Schultüte) Cones de Doces (Zuckertüte) 


Essa tradição do Primeiro dia de Aula das crianças na Alemanha, remota há mais de 200 anos na história. Existem muitas versões para essa tradição, e uma delas é de antes de 1810, que diz que em seu primeiro dia de aula as crianças deveriam levar um cone recheado de guloseimas e doces, fechados por um laço de fita. Já uma outra hipótese é que na tradição judaica, esse cone era recheado com biscoitinhos doces em forma de letras, para que as crianças lembrassem deste Salmo:  "Sua palavra é em minha boca mais doce que o mel." Salmo 119. Mas com o passar dos anos, essa tradição foi sendo aperfeiçoada, e ao invés de ser recheado apenas com guloseimas, algumas escolas de Ensino Fundamental orientam os pais a colocarem objetos que lhes possam ser úteis nas aulas, como réguas, borrachas, estojos para material escolar, papel de carta, relógio de pulso ou outras lembrancinhas como chaveiros, etc.
A confecçãode forma artesanal  dos Cones de Açúcar / Escolares é oferecida pelas Escolas Fundamentais aos alunos Pré-escolares e também faz parte da preparação do encerramento do ano no Jardim da Infância.

A minha filha Corina sempre me surpreendendo. O molde original da princesa que decora o seu cone, oferecia o tom de pele rosado, mas para me homenagear, ela pôs o tom da pele em marrom, pois segundo ela, a sua princesa era brasileira.

Esses cones, também podem ser encontrados prontos à venda em todas as lojas de departamentos e supermercados, com os mais variados motivos e tamanhos, no período que antecede o início do ano letivo, que aqui na Europa ocorre depois das férias do verão, como no Brasil. Porém, aqui na Europa é entre julho e agosto, e no Brasil normalmente em fevereiro.


Um fato interessante é a não exigência de fardamento escolar na Alemanha (Salvo em internatos). Para muitos pais esse é um fator de estresse, pois alguns são à favor, enquanto outros nem tanto. E a discussão principal é sobre o tipo de tecido utilizar (pois o fator alergia na pele é levado muito à sério) e/ou o custo final, já que muitas famílias recebem abono financeiro do Estado. Já no Ensino Médio, adolescentes com diferentes classes sociais frequentam a mesma escola, e como alguns têm a situação financeira melhor que outros, às vezes questões como sapatos ou roupas de marca pode gerar situações  de conflito e até mesmo discussões, brigas e humilhações entre alguns desses adolescentes. (não sendo muito diferente mundo à fora!).
 Muitos pais, são a favor do fardamento escolar, para que ao menos todos possam apresentar-se iguais e de forma neutra.

Para encerrar, eu deixo uma frase muito simples da minha filhota Corina Maria, que não saía do meu lado enquanto eu escrevia esse texto, mas de grande significado para ela. Como toda criança, curiosa e interessada, me perguntou sobre o que eu escrevia, então me pediu para que eu escrevesse essa frase:

"Todas as crianças devem ir para a escola, pois lá elas irão aprender novas "coisas" para a sua vida."

Um grande abraço, e até a próxima.

Freitag, 11. Dezember 2015

Natal: Do Churrasco Tropical à Salada de Batatas!


"Quero ver, você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender, do que faz.
Quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir...
Se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou crer...
Que o Natal existe, que ninguém é triste, que no mundo há sempre amor
Bom Natal, um feliz Natal,
Muito amor e paz pra você, pra você (pra você)."

http://www.vagalume.com.br/cancoes-de-natal/quero-ver.html#ixzz3MZSOJn40

Essa música, eu recebí há algum tempo, em uma época natalina, através de uma mensagem enviada por uma grande amiga. Confesso que não ouví até o final, pra falar a verdade, eu só ouví a introdução e imediatamente desliguei. Ela com certeza teve a melhor de todas as intenções, e eu a agradeço imensamente.

Mas acredito, que tanto eu como muitas pessoas, associam algumas músicas à determinados  momentos vividos. E essa é uma música que eu definitivamente não posso ouvir...! Ela me remota a momentos tristes da minha infância, onde eu me questionava sempre que ouvia essa canção no comercial de tv: "Se no Natal ninguém é triste, se no mundo há sempre amor, se tudo é só alegria...então onde está esse mundo que eu não faço parte dele?"

Não conhecí isso na infância. Mas se essa música (hoje eu sei!) falava de tanta esperança, da vitória do bem sobre o mal, força e apoio moral aos abatidos; de levantar a cabeça e seguir adiante como um bravo guerreiro, porque isso não acontecia enfim?  Pois afinal de contas, havia chegado o final do ano, e ninguém poderia ser triste e nem pobre. Mas essa esperança de tudo acontecer como a música falava me angustiava...e ainda me persegue sempre que a escuto!

Crescí sim, acreditando na maior celebração cristã, que é o aniversário de nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador! Mas mesmo assim, pouco ou quase nada ví dessa "celebração religiosa" nos lares que conheço, e nos quais tive a oportunidade de conviver durante essas festividades Natalinas. Via sim, preparativos para comes e bebes.

Claro, esse desejo de mudança e renovação não eram explícitos ou visivelmente perceptíveis, mas todo aquele alvoroço das compras nos supermercados (fartura) para uma mesa repleta de comidas típicas do Natal (não na nossa!), a pintura nova nas casas (renovação); a decoração com luzes de pisca-pisca (felicidade); a compra de roupas e sapatos novos exclusivamente para a ocasião, talvez fossem a expressão implícita da declaração "do começo de um novo tempo" como falava a música, onde tudo seria diferente do que foi até aquele momento. O desejo inconsciente de um futuro melhor, da esperança de uma mudança de vida. Mas a espera interminável por tudo isso me angustiava.

Hoje, vejo e entendo essas celebrações de forma mais viva e real e creio, até com mais maturidade. Sei hoje, que é uma época de esperança, onde as pessoas tornam-se de certa forma mais sensíveis e tratam-se com mais irmandade.  E acredito, que a base dessa celebração em qualquer parte do mundo é (ou pelo menos deveria ser) a reunião da família.

Aos que vivem à mais tempo fora do seu país de origem, o Brasil por exemplo, independente de qual país more atualmente, sabe que as Festividades Natalinas têm suas peculiaridades e cada lugar celebra de acordo com as suas tradições, bem diferentes da nossa no Brasil. Mas muitos que vivem fora, quando chega essa época do ano, têm algo em comum: a distância que os separa dos seus familiares, e a tristeza e nostalgia que envolvem essas festividades quando se está longe de casa.

Algumas pessoas que ainda não conhecem ou ainda não tiveram a oportunidade viver uma celebração de Natal em outro país, principalmente no período do inverno europeu, é preciso saber que não há como se comparar essas mesmas confraternizações, como as realizadas em países tropicais, onde à essa época do ano é verão, e as pessoas estão em sua maioria das vezes alegres, e essa temperatura é apenas favorável à uma celebração com mais calor.

No Brasil por exemplo, é comum as famílias se juntarem nessa época do ano e festejarem o Natal de forma alegre, com uma grande ceia, que algumas vezes costuma ser preparada com antecedência, seguindo-se de um grande churrasco, onde parentes que não se vêm há bastante tempo se reencontram para essa grande confraternização. É tudo tão cheio de vida, de luz, de cor e calor humano...Mas esse tipo de celebração, só ocorre porque há uma grande vantagem em se celebrar essa festa no verão. Onde lá fora a temperatura está agradável, colaborando para o bom humor e contribuindo e influenciando até mesmo nas roupas, que inspiram leveza... dando aquele sentimento de liberdade. No Brasil, a reunião familiar nos finais de semana ocorre com bastante naturalidade e porque não dizer com frequência, mas no final do ano, é algo especial, pois o Natal é considerado mesmo a festa da celebração das famílias.

Já o contrário, acontece nas celebrações em países onde as festas de fim de ano ocorrem no inverno. Posso dizer, que as diferenças na forma dessa celebração é mesmo cultural. Ou seja, o que esperar de uma celebração de Natal em um país onde as pessoas já são educadas para seguir o seu rumo e buscar a sua estabilidade financeira já bastante cedo?
Por exemplo, aqui na Alemanha, os filhos costumam buscar sua emancipação já logo que terminem a sua faculdade. Muitas vezes para conseguirem seus objetivos, são obrigados a deixarem a sua cidade e partirem para outros estados mais distantes, ou até mesmo em outros países. Muitas famílias incentivam seus filhos a crescerem dessa forma, buscando sua independência. Com o passar do tempo, esses retornos ou visitas à família tornam-se naturalmente cada vez mais raros. Muitos procuram se integrar à sua nova vida, e levam isso tão à sério que as comemorações natalinas em família passam consequentemente também a serem mais escassas.

Insistindo na questão cultural, aqui não há isso de viver todo mundo junto e misturado como no Brasil. Cada um procura seguir sua vida, e isso implica e explica um pouco a questão da solidão da velhice, e o abandono de muitos idosos nas casas de repouso ou mesmo em seus próprios lares. É interessante de ver como algumas pessoas fazem mesmo questão de viverem a sua individualidade, sua privacidade, e não abrem mao de ter a sua particularidade preservada, não fazendo questão de manter qualquer tipo de contato com os seus parentes. Às vezes isso me choca um pouco sim, e me faz lembrar o quanto ainda trago em mim do calor humano existente nas pessoas que vêm dos países latinos. Mas tão pouco quero taxar essas pessoas com estereótipos do tipo: "são frios" ou "são desumanos", mas prefiro sim, seguir com o entendimento de que isso também é uma questão cultural.

Claro, não quero dizer que isso seja uma regra, mas acontece com mais frequência do que se imagina.

O frio lá fora nessa época do ano é um grande adversário, pois ninguém irá querer se submeter à friagem. O melhor mesmo é se agasalhar e ficar bem pertinho da sua lareira, quem tiver uma, ou mesmo se aquecer com os aquecedores convencionais. Aqui nada ou pouco existe daqueles grandes encontros familiares na Noite de Natal. O que me alegra nesse dia, é que mesmo não havendo uma grande celebração, o principal não se perdeu no meio do caminho, que é a comemoração do aniversário do nascimento de Jesus Cristo. O ritual para esse dia começa com a realização da Missa da Noite Santa, que é realizada em horários diferentes (a principal é à meia noite como manda a tradição mundo afora!), mas em especial a celebração à tarde para as crianças, onde o ponto máximo é a interpretação da Bíblia com a chegada do Jesus Menino. Após a missa, as famílias vão para casa, para abrir os seus presentes, se confraternizarem com uma simples mas significativa ceia, e se divertirem com jogos interativos ou mesmo um bom filme.

*Aqui o comércio fecha às 14:00h e tudo parece triste e deserto. Já viví essa experiência logo que cheguei aqui, e narrei em um outro Post. Foi deprimente!

O mesmo serve para a comemoração da virada do ano. São poucas as famílias que comemoram com uma grande festa a entrada do Ano Novo. Raramente vemos isso na Alemanha, com exceção de algumas famílias que sofrem a influência da cultura de países onde essa data é celebrada com uma grande festa, incluindo-se aí músicas e danças de ritmos alegres e todos festejam grandemente. Caso contrário, apenas a queima de fogos, alguns canapés e um brinde com um espumante ou um champanhe faz notar a celebração do encerramento do ano.

Acho muito interessante que em grande parte da Alemanha, o grande banquete do Natal, ao contrário do que estamos acostumados no Brasil, não ocorre na noite do dia 24, mas no almoço do dia 25.
Na véspera do dia de Natal, nas famílias mais tradicionais, o jantar baseia-se simplesmente em um purê de batatas com linguiça assada; ou salada de arenque (peixe parecido com sardinha) e batatas. So pra salientar, não há uma explicação plausível para que seja assim, alguns falam que pela praticidade, já que muitos trabalham nesse dia até de tarde, e então não sobra tempo para muita coisa.
Uma curiosidade é que na Alemanha, além do dia 25, também tem o dia 26 como feriado, porém, a Igreja Evangélica, que tem bastante influência na Alemanha estipulou esse dia como feriado,  mas não vincula esse dia às celebrações do nascimento do Cristo, senão como um dia em celebração à memória de Santo Estéfano.

Uma outra questão que gostaria de mencionar, é a influência na decoração natalina brasileira. Algumas pessoas se questionam ou até mesmo se chateiam quando o assunto é a decoração e os símbolos natalinos que são usados para a decoração dessa festa no Brasil. Muitos acham que é "americanizada" e que não traz nada que lembre as raízes do lugar. Concordo até certo ponto, mas não tem nada de americanizada, pois a final de contas, os Símbolos Natalinos que usamos para a decoração, nada mais é que o produto da influência européia trazidas pelos alemães que foram morar na Américas do Sul e do Norte há muitos anos. Por exemplo, em minhas pesquisas, verifiquei que o Pinheiro de Natal, surgiu com a idéia de Martin Lutero, o fundador do Protestantismo, que segundo consta, após um passeio à noite na floresta, ficou tão encantado em ver o brilho das estrelas e os pinheiros cobertos de neve, que "resolveu" trazer pra dentro de casa aquela imagem que o seduziu. Pra isso, substituiu as estrelas por velas e a neve por algodão. Enfim, tudo é a criatividade. E nada impede de no Brasil, as pessoas usarem dessa mesma criatividade e usarem produtos e matérias primas regionais para fazerem sua própria e original decoração natalina.
O mesmo se dá com o tão festejado "Bom Velhinho", ou como tão bem conhecemos no Brasil o Papai Noel, que mundo afora tem tantos outros nomes, mas todos eles se referem originalmente a apenas um personagem: o Bispo Nicolau, que nasceu na Turquia há muitos anos, e era considerado um homem de muito bom coração, pois ele tinha o costume de ajudar os menos abastados, se escondendo à noite por trás de um capuz, e assim, aproximava-se das residências pobres nos pequenos vilarejos sem ser reconhecido e colocava saquinhos com moedas nas suas varandas. Com o passar dos anos,  à ele foram atribuídos alguns milagres e a igreja Católica o canonizou, e ele hoje é o São Nicolau. A Alemanha o celebra festivamente no dia 06 de Dezembro, como sendo o dia em que as crianças limpam as suas botinhas, põem na entrada da casa e esperam receber no dia seguinte pela manhã, chocolates ou presentinhos caso tenham se comportado bem, ou ao contrário, recebem apenas uma pedra de carvão como "castigo". Claro, que esse castigo hoje pouco se aplica na realidade, sendo usado apenas como uma forma de "lembrar" as crianças ao longo de todo o ano, o que a espera caso sejam malcriadas.
Sobre o manto e o capuz vermelho, isso também faz parte da criatividade e foi implantado ao longo dos anos.
Mas ao meu ver, não há muita razão para alvoroços ou desinquietação, em relação às influências de outras culturas sobre as celebrações natalinas no Brasil, pois a final de contas, nada impede que as pessoas também usem de sua criatividade e tragam os produtos regionais para dentro de suas casas como artigos decorativos. No Nordeste brasileiro por exemplo, muitas pessoas já se utilizam das matérias primas regionais na confecção e montagem de Presépios Natalinos, ou até mesmo na culinária, trazendo para a Ceia de Natal um sabor mais regional, e não deixando assim, de celebrar da mesma forma.  

Não posso deixar de mencionar, o quanto o espírito de solidariedade nessa época do ano fica mais visível aqui também. E acho que isso acontece em todas as partes do mundo. A cultura mundo afora sabemos que é bastante diversificada, mas quando o tema é o Natal, acredito que todas falem a mesma língua. Me alegra ver, que os seres humanos ainda não perderam o que eu considero mais louvável, o amor e o respeito ao próximo, e isso é o que une e aproxima as pessoas, independentemente de suas origens. Em todas as partes do Globo, principalmente nas festas Natalinas, cidadãos se unem em favor de uma mesma causa: ajudar o próximo! Seja lá de que forma for, em pequenos grupos sociais; programas de televisão; em comunidades envolvidas por uma religião, seita ou doutrina, a finalidade será a mesma: de levar aos menos favorecidos mantimentos, produtos de higiene pessoal, agasalhos, roupas e calçados; ou o principal, que é um pouco do seu tempo e do amor que há em sí. E isso faz com que ambos os lados saiam ganhando. Seria bom se

Ahhh como seria bom se o Natal fossem todos os dias!

 


Mittwoch, 9. Dezember 2015

Advento - A Luz do Mundo

Olá!

Dando uma pequena trégua nos assuntos voltados à migração dos exilados para a Europa e às inúmeras tentativas e atentados terroristas que nos aterrorizaram verdadeiramente esses últimos tempos,  quero dar passagem a "contagem regressiva" para as comemorações referentes ao nascimento de Jesus Cristo.
 E nada mais importante que iniciar essa contagem com uma das maiores tradições alemãs, que é marcada com o acendimento das velas do Advento. As quatro velas que circundam  a Coroa do Advento(Adventskranz)  marcam os quatro domingos que antecedem a Noite Natalina. A cada domingo uma nova vela deverá ser acesa, e cada uma delas simboliza a proximidade com a chegada do Jesus Cristo, e por fim, em 24 de Dezembro o nascimento do Salvador, e a Luz do Mundo estará acesa verdadeira e simbolicamente com as quatro velas. Uma curiosidade é que a Coroa do Advento originalmente falando, é confeccionada com ramos verdes de pinheiros entrançadas, formando uma coroa e nela são fixadas as quatro velas do Advento. Essa época do ano é onde as floriculturas faturam extra com a confecção e as vendas dessas coroas, além de muitas outras decorações feitas com os ramos dos pinheiros.

Mas como não poderia deixar de ser, essa tradição continua viva, mas ganhou um toque de modernidade, onde as velas do Advento são postas em objetos decorativos, que podem ter forma e textura bem diferentes da tradicional coroa de pinheiro, como por exemplo objetos decorativos de mesa em metal,  porcelana, madeira etc, que são aproveitados e decorados de acordo com o gosto individual de cada um.





E para acompanhar essa "contagem regressiva", existe o Calendário do Advento (Adventskalender), que é um calendário especial com 24 janelinhas, contados a partir do dia 1° de Dezembro simbolizando os 24 dias até a chegada do Natal.




À esquerda um calendário pronto das lojas de decoração, e à direita o calendário confeccionado pela querida amiga Giovana Wittmer.

O acompanhamento desses calendários tem um sentido especial, mostrando de forma divertida quantos dias faltam para a chegada do Natal, e para as crianças em especial, pois cada janelinha apresenta uma surpresa. Algum8as pessoas preferem confeccionar os seus próprios calendários ou comprá-los prontos nas lojas de decoração, fugindo assim dos modelos tradicionais já prontos oferecidos nos supermercados ou lojas de departamentos, que são confeccionados em papelão.





Quase se comparando com o consumismo dos ovos de chocolates vendidos na semana de Páscoa no Brasil, assim as grandes marcas também investem nesse grande filão que são as comemorações natalinas na Alemanha.

As grandes marcas de brinquedos do mercado, já viram nisso um grande potencial de vendas de seus produtos e já criaram seus próprios calendários onde dentro das janelinhas, além do tradicional chocolate, também são encontrados brinquedos em miniatura.
E como os adultos também não poderiam ficar de fora, há os calendários mais ousados e que trazem uma conotação erótica, para os homens e também as mulheres. As lojas de bebidas que também aproveitaram a onda já inovaram oferecendo grades de cervejas com tipos variados, em estilo de Calendário do Advento.


Como se não bastasse, algumas marcas mais conhecidas já ousando e de olho nos consumidores mais aficcionados no mundo virtual, lançaram Calendários do Advento Digitais, com Apps que dão presentes ao serem baixados pelo Smart Phone.                       
                                            
É, pelo visto, o "Espírito de Natal" precisará  se informatizar o mais rápido possível...ou se perderá no meio do caminho...

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Um Conto Corrido

07:30 - O Telefone -Alô! -Mãaaae!! Esqueci a mochila de esporte na parada do ônibus! -Corre por favor antes que alguém pegue! -E onde vc est...